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STF realiza acareação entre Mauro Cid e Braga Netto nesta terça-feira

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STF realiza acareação entre Mauro Cid e Braga Netto nesta terça-feira

Procedimento busca esclarecer divergências sobre plano golpista e repasse de dinheiro em caixa de vinho; encontro será a portas fechadas

STF realiza acareação entre Mauro Cid e Braga Netto nesta terça-feira

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados/Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 24 de junho de 2025 às 08:00

O tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto participam nesta terça-feira (24), no Supremo Tribunal Federal (STF), de uma acareação para esclarecer pontos contraditórios em seus depoimentos no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado.

A sessão será fechada ao público e ocorrerá na sala de audiências do STF, com presença apenas dos acareados, seus advogados, do ministro Alexandre de Moraes — relator da ação penal — e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na mesma manhã, também está marcada uma acareação entre Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e réu no processo, e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.

Horários das acareações:

  • Braga Netto x Mauro Cid: 10h
  • Anderson Torres x Freire Gomes: 11h

Preso preventivamente no Rio de Janeiro, Braga Netto irá pessoalmente ao STF para o procedimento, com tornozeleira eletrônica, e retornará à prisão logo após.

Cid x Braga Netto

Segundo a delação de Cid, houve uma reunião na casa de Braga Netto, em novembro de 2022, para tratar do plano chamado “Punhal Verde e Amarelo”. Ele disse que, após manifestações contra o resultado das eleições e críticas ao Exército, Braga Netto pediu que ele se retirasse, pois discutiriam “medidas operacionais” das quais ele não deveria participar. A versão é negada pelo general.

Outra divergência envolve um suposto repasse de dinheiro feito por Braga Netto a Cid, que teria entregado os valores ao major De Oliveira, conhecido como “kid preto”, para financiar atos antidemocráticos. O montante teria sido entregue numa caixa de vinho no Palácio da Alvorada — versão também rebatida pela defesa do ex-ministro.

Segundo Moraes, réus têm o direito de permanecer em silêncio, enquanto testemunhas são obrigadas a dizer a verdade.