
Justiça
Não é normal Heleno ter agenda com anotações golpistas, diz Moraes
Ministro aponta uso da Abin e GSI para tentar consumar golpe de Estado

Foto: Reprodução/TV Justiça
Durante o julgamento de Jair Bolsonaro e aliados pela tentativa de golpe neste terça-feira (9), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expôs a agenda do general da reserva Augusto Heleno com anotações golpistas. O documento foi apresentado como prova de que o grupo, liderado por Bolsonaro, estruturou um plano para deslegitimar eleições, enfraquecer a Justiça Eleitoral e perpetuar o poder com uso ilícito da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
“Não é razoável achar normal um general do Exército, um general quatro estrelas, ministro do GSI, ter uma agenda com anotações golpistas, preparando a execução de atos para deslegitimar as eleições e o Poder Judiciário”, afirmou Moraes.
Segundo o ministro, desde 2021 a organização criminosa já atuava para desacreditar as urnas e difundir desinformação, utilizando órgãos oficiais e criando mecanismos de perseguição política. “Essa não foi uma sucessão de fatos aleatórios, mas uma estruturação planejada, com utilização ilícita de órgãos oficiais”, disse.
Para Moraes, a gravidade dos atos não deixa dúvidas. “Não há dúvida de que essa organização criminosa se reuniu para tentar afastar o sistema de freios e contrapesos, deslegitimar a Justiça Eleitoral e perpetuar o poder, em claro ataque ao Estado democrático de direito”, concluiu.
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