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Reunião ministerial de 2022 reforça liderança de Bolsonaro em plano golpista, aponta Moraes

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Reunião ministerial de 2022 reforça liderança de Bolsonaro em plano golpista, aponta Moraes

Ministro Alexandre de Moraes detalhou a participação de ministros e militares na reunião

Reunião ministerial de 2022 reforça liderança de Bolsonaro em plano golpista, aponta Moraes

Foto: Reprodução/TV Justiça

Por: Metro1 no dia 09 de setembro de 2025 às 12:45

Atualizado: no dia 09 de setembro de 2025 às 13:28

O ministro Alexandre de Moraes afirmou nesta terça-feira (9), durante o julgamento sobre a tentativa de golpe de estado de Jair Bolsonaro, que a reunião ministerial de 5 de julho de 2022 expôs o encabeçamento de Bolsonaro e seu papel de liderança. O ministro também apontou que participou “até quem não deveria” dessa reunião: o então candidato a vice-presidente Walter Braga Neto, que já não era mais ministro. Também estavam Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Mauro Cid, além de comandantes das Forças Armadas.

“Foi uma reunião golpista onde se pretendia arregimentar mais ministros, mais servidores e, principalmente, os comandantes das forças para o projeto dessa organização criminosa”, disse, ao apontar que o ex-presidente presidiu o encontro, além de coordenar os ministros, servidores e comandantes presentes.

Segundo Moraes, a reunião também mostrou como Bolsonaro ordenou o grupo para questionar o Estado Democrático de Direito, com ele instigando, diretamente, a disseminação de desinformação sobre fraudes nas urnas eletrônicas, afirmando que “os números dos resultados das futuras eleições já estariam dentro dos computadores do TSE”.

O ministro também apontou que os réus endossaram a postura do ex-presidente. Moraes destacou a fala de Bolsonaro: “Daqui para frente, quero que todo ministro fale o que eu vou falar e vou mostrar” e afirmou que o ex-presidente ainda declarou que “se fizeram as consequências do jogo, todo mundo vai pagar”. 

O relator também lembrou que houve planejamento de ações durante as eleições, incluindo na atuação da Polícia Federal e a manipulação de relatórios militares para sustentar alegações de fraude. “Estamos falando de um grupo que utilizou órgãos públicos e militares para objetivos ilícitos, em completa violação do Estado Democrático de Direito”, afirmou Moraes.