
Justiça
Ninguém foi condenado pela tragédia de Mariana na Justiça brasileira
O caso criminal não tem decisão definitiva, e parte das ações de reparação continua pendente

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil/Arquivo
Quase dez anos após o rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), os processos na Justiça brasileira seguem sem desfecho. O caso criminal não tem decisão definitiva, e parte das ações de reparação continua pendente.
O recurso do Ministério Público Federal contra a absolvição dos acusados ainda não foi julgado, enquanto alguns dos crimes pelos quais eles foram denunciados já prescreveram. Na área cível, a reparação foi reorganizada em um novo acordo, no valor de R$ 170 bilhões.
No exterior, porém, houve avanço. A Justiça da Inglaterra condenou nesta sexta-feira (14) a mineradora BHP, acionista da Samarco, em uma ação coletiva movida por atingidos. A decisão envolve cerca de 620 mil autores, moradores, comunidades, municípios, empresas e até instituições religiosas, que pedem aproximadamente R$ 230 bilhões em indenizações.
A sentença britânica ainda não define o valor final, mas reconhece a responsabilidade da mineradora no desastre. É o maior processo já analisado pela Justiça do Reino Unido envolvendo um caso socioambiental brasileiro.
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