Aras diz que Lava Jato em Curitiba guarda dados de 38 mil pessoas
"Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos", disse o procurador-geral da República
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Por Juliana Rodrigues no dia 29 de Julho de 2020 ⋅ 10:00
O procurador-geral da República Augusto Aras, disse ontem (28) que a força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba tem armazenadas informações sobre 38 mil pessoas, que correspondem a um volume de dados maior do que todo o sistema único do Ministério Público Federal. A declaração foi dada em entrevista ao grupo de advogados Prerrogativas.
Segundo Aras, o arquivo do grupo de procuradores de Curitiba tem 350 terabytes, enquanto o do sistema do MPF conta com 40 terabytes. Um terabyte equivale a mil gigabytes e pode armazenar mais de 6 milhões de páginas de documentos.
"Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos", ponderou. "Todo o MPF, em seu Sistema Único, tem 40 terabytes. A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados [nele]. Ninguém sabe como [esses nomes] foram escolhidos, quais foram os critérios", prosseguiu.De acordo com Aras, 50 mil documentos estão "invisíveis à corregedoria-geral" do MPF.
O procurador ainda criticou a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo. Segundo ele, a equipe paulista construiu "uma metodologia de distribuição [de processos] personalizada em que membros escolhem os processos que querem".