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Juíza cita 'raça' ao condenar réu negro por organização criminosa; CNJ investiga
Segundo o documento, assinado no dia 19 de junho, o grupo fazia assaltos e roubava aparelhos celulares nas Praças Carlos Gomes, Rui Barbosa e Tiradentes, no centro de Curitiba
Foto: Divulgação
A juíza Inês Marchalek Zarpelon, da 1ª Vara Criminal de Curitiba, mencionou a raça de um réu em uma sentença em que condena sete pessoas por organização criminosa.
Segundo o documento, assinado no dia 19 de junho, o grupo fazia assaltos e roubava aparelhos celulares nas Praças Carlos Gomes, Rui Barbosa e Tiradentes, no centro de Curitiba.
"Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça, agia de forma extremamente discreta os delitos e o seu comportamento, juntamente com os demais, causavam o desassossego e a desesperança da população, pelo que deve ser valorada negativamente (sic)", disse a magistrada, segundo o G1.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, determinou na tarde de hoje que seja aberto um inquérito para apurar a conduta da juíza Inês Marchalek Zarpelon.
Martins concedeu prazo de 30 dias para que a Corregedoria-Geral da Justiça do Estado do Paraná investigue a juíza.
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