Prefeitura do Rio de Janeiro interdita boate na Lapa após denúncias de estupro

A Prefeitura do Rio de Janeiro interditou a boate Portal Club, na Lapa, na noite desta quinta-feira (4) por meio da Secretaria de Ordem Pública (Seop). Ao menos dois estupros teriam ocorrido no local, de acordo com denúncias feitas à Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM).

A medida foi tomada de forma preventiva para garantir a segurança e a ordem pública. Na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros informou que uma vistoria no local iria acontecer e que ele poderia ser fechado. Testemunhas seguem sendo ouvidas e imagens das câmeras do local estão em análise para identificar os supostos agressores.

Os casos

A primeira denúncia surgiu após uma turista sul-americana afirmar ter sido vítima de abuso coletivo no último domingo (31). Em seu relato, ela conheceu um brasileiro que a convidou para ir ao "Dark Room". Ela pensou que estava indo para uma pista de dança, mas o local era utilizado como um ambiente discreto para práticas sexuais.

Ela afirma ter sido estuprada e ter perdido a consciência. Após o ocorrido, ela tentou falar com os seguranças, que afirmaram não ser necessário chamar a polícia, como ela solicitou. Com a ajuda de sua amiga, ambas saíram da boate em direção a uma delegacia na mesma rua, ao lado dos seguranças. No desespero, as duas desistiram da denúncia e foram direto a um hospital.

A jovem acionou a Comissão da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ) na terça-feira e, em seguida, registrou ocorrência na Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) do Centro do Rio. A jovem de 25 anos suspeita que alguém possa ter adulterado sua bebida, já que a festa era Open Bar. Após a denúncia da turista, outra mulher relatou ter passado pela mesma situação no local.