
Internacional
Myanmar: governo militar bloqueia internet em meio a protestos
As Forças Armadas derrubaram o governo na segunda-feira (1º) e prenderam os principais políticos, argumentando que nada foi feito a respeito das denúncias de fraude nas eleições de novembro, feitas pelos próprios militares

Foto: Reprodução/Twitter
O governo militar de Myanmar bloqueou o acesso à internet neste sábado (6) para tentar evitar a propagação daqueles que foram os maiores protestos desde o golpe que depôs o Executivo civil e prendeu seus principais líderes, incluindo o ganhador do Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi.
Segundo a Agência Brasil, entidades como a Organização da Sociedade Civil de Myanmar e a Anistia Internacional denunciaram que o governo de fato bloqueou não apenas as redes sociais, mas também a conexão à internet por meio de telefones celulares.
Essas organizações pediram às principais empresas de telecomunicações do país que não cortassem as linhas telefônicas, que descrevem como "as únicas formas de comunicação" do país asiático. O Exército já havia solicitado o bloqueio de redes como Instagram, Twitter e Facebook, o que foi denunciado por entidades como a Human Rights Watch, informou a agência Europa Press.
Apesar da queda do serviço, meios de comunicação como o Channel News Asia ou o Myanmar News noticiaram as manifestações de milhares de pessoas, em alguns casos bloqueando ruas, como aconteceu na capital, Naipyidó, ou em Rangoon, maior cidade do país. "Abaixo a ditadura militar", gritavam os manifestantes, agitando bandeiras vermelhas com as cores da Liga Nacional para a Democracia, partido de Suu Kyi, que estava no poder desde 2015, informou a agência de notícias AFP.
As Forças Armadas derrubaram o governo na segunda-feira (1º) e prenderam os principais políticos, argumentando que nada foi feito a respeito das denúncias de fraude nas eleições de novembro, feitas pelos próprios militares.
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