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Justiça do Chile investiga policiais que 'crucificaram' manifestantes em antena

Internacional

Justiça do Chile investiga policiais que 'crucificaram' manifestantes em antena

Segundo o Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH), houve, ainda, casos de violência sexual

Justiça do Chile investiga policiais que 'crucificaram' manifestantes em antena

Foto: @Carabdechile / Fotos Públicas

Por: Metro1 no dia 25 de outubro de 2019 às 11:40

Foram revelados, na madrugada de quarta (23), novos casos de violações de direitos humanos aplicadas por policiais a manifestantes no Chile, segundo informações do Estadão. De acordo com uma das 31 reclamações judiciais abertas pelo Instituto Nacional de Direitos Humanos (INDH) do país, três homens e um menor de idade de 14 anos teriam sido presos e "crucificados" por policiais na estrutura metálica da antena da delegacia da região de Peñalolén, bairro de Santiago. A denúncia consta em documento obtido pela imprensa chilena.

O caso ocorreu na madrugada de segunda (21), quando o grupo foi acusado de roubo. Os policiais também usaram spray de gás de pimenta e golpearam os detidos. Segundo o INDH, uma ordem de afastamento judicial havia sido emitida contra os policiais, para que não se aproximem das vítimas, sem especificar o número de agentes envolvidos no caso.

A instituição dos Carabineros - nome dado à Polícia militar chilena - confirmou que há uma investigação em andamento, mas disse que não poderia se manifestar e nem "confirmar algo que está sendo investigado, até que saia o resultado". Ainda segundo a polícia, há diversas denúncias de violações de direitos humanos e que por serem "investigações diferentes, os procedimentos também são distintos". Desta forma, não é possível emitir um único posicionamento que sirva para todos.

O INDH também fez reclamações formais sobre nove casos de violência sexual praticada por policiais em detidos, incluindo em um menino que estava acompanhado do tio. Seis pessoas foram obrigadas a ficar nuas e realizar agachamentos nas delegacias, enquanto duas mulheres foram ameaçadas de estupro por policiais e militares. Uma outra foi tocada nas partes íntimas.