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MP da França investiga ameaças de morte contra organizador da abertura das Olimpíadas
Segundo o organizador, a cena polêmica quis representar “um grande festival pagão, conectado com os deuses do Olimpo”

Foto: Reprodução/Olympics
O Ministério Público de Paris divulgou nesta sexta-feira (2) que abriu uma investigação por cyberbullying contra o diretor da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos na última quinta-feira (31), após Thomas Jolly apresentar uma queixa onde afirma estar sendo alvo de ameaças e ofensas.
A investigação, conduzida pela divisão do MP francês que luta contra os crimes que incitam ódio na internet, está sob o guarda-chuva do escritório central de combate aos crimes contra a humanidade e os crimes de ódio.
A denúncia foi feita na terça-feira (30), onde Jolly alega “ser alvo de mensagens de ameaças e injúrias nas redes sociais, criticando sua orientação sexual e suas supostas origens israelenses erroneamente atribuídas a ele”, conforme informou o MP.
Ainda nesta semana, a DJ francesa Barbara Butch, ativista feminista e lésbica que protagonizou cena polêmica, também prestou queixa e uma investigação foi aberta.
A cerimônia de abertura dos Jogos de Paris em 26 de julho gerou uma polêmica entre os conservadores e os setores de extrema-direita tanto na França como no exterior. O motivo seria uma suposta paródia da “Santa Ceia”, o que já foi negado pela organização.
Segundo Jolly, a cena intitulada “Festividade” quis representar “um grande festival pagão, conectado com os deuses do Olimpo”.
A cerimônia foi, por exemplo, denunciada pelo presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, como um ataque ao cristianismo e qualificada de "vergonhosa" pelo ex-presidente americano Donald Trump, candidato às eleições de novembro.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também se manifestou em um comunicado à imprensa:
“Em nome de Paris e em meu próprio nome, desejo prestar meu apoio inabalável a Thomas Jolly diante das ameaças e do assédio de que ele é vítima (…) . Durante a cerimônia de abertura, Thomas Jolly elogiou os nossos valores. Foi um orgulho e uma honra para Paris poder contar com o seu talento. Ontem, hoje e amanhã, Paris estará sempre ao lado dos artistas, da criação e, portanto, da liberdade".
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