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Neto diz que atuou para impedir 'vexame público' e afirma que Maia ficou 'apegado ao poder'

Política

Neto diz que atuou para impedir 'vexame público' e afirma que Maia ficou 'apegado ao poder'

Ex-prefeito afirma que ex-presidente da Câmara tentou fugir de responsabilidade por falta de articulação política

Neto diz que atuou para impedir 'vexame público' e afirma que Maia ficou 'apegado ao poder'

Foto: Metropress

Por: Matheus Simoni no dia 09 de fevereiro de 2021 às 08:29

O presidente nacional do Democratas e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou que tentou viabilizar uma alternativa para que Rodrigo Maia (DEM-RJ) não saísse ainda mais derrotado das eleições presidenciais da Câmara dos Deputados. No entanto, segundo o democrata, o próprio parlamentar carioca pagou o preço por não ter se articulado politicamente. Em entrevista a Mário Kertész hoje (9), no Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole, Neto acusou o correligionário de "tirar o braço da seringa" diante do sucesso de Arthur Lira, eleito presidente da Câmara.

"Em relação à Câmara dos Deputados, infelizmente Rodrigo Maia, que considerei meu amigo por 20 anos e sempre teve meu respeito e meu carinho, minhas palavras de reconhecimento público, infelizmente errou do começo ao fim. Só fez bobagem na condução da sua própria sucessão. E deu no que deu, aconteceu a vitória do Arthur Lira com mais que o dobro dos votos do deputado Baleia Rossi", afirmou.

Ainda de acordo com o democrata, Maia espalhou mentiras sobre o episódio envolvendo a articulação política.  "Aí Rodrigo Maia, querendo tirar o braço dele da seringa e transferir a responsabilidade que é exclusivamente dele de ter falhado na articulação política, começou a espalhar mentiras e levar palavras levianas a veículos de comunicação do Brasil. Aí, amigo, o cara não pode reconhecer o erro. É impressionante. Tem gente que não tem essa capacidade e a humildade de dizer: errei. Ou de reconhecer a derrota. Ganhar e perder é da vida", afirmou Neto. 

"Rodrigo ficou muito apegado ao poder, quis continuar presidente da Câmara e esperou que o Supremo desse a ele o direito da reeleição e infelizmente errou. Perdeu a força em sua sucessão e ficou sem o suporte da bancada do próprio partido dele", acrescentou. 

O ex-prefeito apontou uma tentativa de tentar evitar um racha no partido diante do posicionamento de Maia, mas que o resultado já estava tornado público. "Eu tive que entrar no final para evitar que Rodrigo passasse por um vexame público ainda maior. Havia maioria no Democratas para aderir ao bloco com Arthur Lira. Eu não permiti e reuni a Executiva, como presidente do partido, e disse: não aceito. Tentando preservar Rodrigo Maia, mas que sai fazendo tudo isso e falando essas bobagens", declarou o presidente do DEM.