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Setores universitários reagem à mudança na presidência da Capes

Política

Setores universitários reagem à mudança na presidência da Capes

Setores de pesquisa acadêmica questionam currículo da nova presidente do órgão

Setores universitários reagem à mudança na presidência da Capes

Foto: Reprodução

Por: André Uzêda no dia 19 de abril de 2021 às 09:38

A nomeação de Claudia Mansani para presidir a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em anúncio feito pelo governo federal na última quinta-feira (15), provocou manifestações em vários grupos universitários de todo país. Esta é a terceira pessoa indicada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para presidir o ógão, um dos mais importantes de fomento à pesquisa acadêmcia no Brasil. 

A diretoria da Sociedade Brasileira de Física escreveu uma longa nota questionando a nomeação de Claudia Mansani, classificando-a como alguém que "não possui as qualidades esperadas para o cargo". No texto, pontuaram ainda que "o currículo da Dra. Toledo não é compatível com o perfil desejado de presidentes da CAPES. Tememos, portanto, que a importante missão da CAPES esteja ameaçada com esta nomeação. Esperamos que o Ministério da Educação possa encontrar alguém com histórico profissional e formação mais adequados para presidir a CAPES, garantindo assim a continuidade da formação de recursos humanos de alto nível, tão necessária para o desenvolvimento".

As críticas se somam a muitas outras de diferentes setores. O professor de filosofia da Universidade Federal da Bahia, Daniel Peres, escreveu um longo artigo intitulado "Tirem as mãos da CAPES", criticando as escolhas "equivocadas" do governo federal para gerir o plano nacional de educação.

"Todos sabemos que o caos Bolsonaro, desde o seu primeiro momento, declarou guerra aberta às Universidades Federais. Primeiro com o idiota e abobalhado Velez; depois com o idiota e violento Weintraub; agora com o idiota e sonso Milton Ribeiro. Os dois primeiros sempre consideraram as Universidades Públicas, em especial as Universidades Federais, como local de produção em massa de militantes comunistas.", escreve.