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Relator pede suspensão do mandato de Daniel Silveira por seis meses

Política

Relator pede suspensão do mandato de Daniel Silveira por seis meses

Deputado federal do PSL pelo Rio responde processo por falta de decoro parlamentares ao publicar vídeo com apologia ao AI-5 e ofensas a ministros do STF

 Relator pede suspensão do mandato de Daniel Silveira por seis meses

Foto: Plínio Xavier / Câmara dos Deputados

Por: Metro1 no dia 09 de junho de 2021 às 16:05

O deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), relator da representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), pediu nesta quarta-feira (09) a suspensão do mandato do parlamentar por seis meses, conforme informações da Agência Brasil. 

Silveira responde processo por quebra de decoro parlamentar no episódio do vídeo publicado por ele com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e de apologia ao Ato Institucional (AI-5), instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, que fechou o Congresso Nacional e cassou mandatos de juízes e parlamentares. A pedido do relator, o presidente do colegiado, Paulo Azi (DEM-BA), concedeu um pedido de vista coletiva por 48 horas.

Em seu parecer, o relator disse que o princípio da imunidade parlamentar não possui caráter absoluto e que a imunidade parlamentar não deve ser utilizada em benefício próprio ou para “causar dano a outrem, mas, sim, em proveito da população”.

As ameaças feitas por Daniel Silveira motivaram sua prisão em flagrante, no dia 16 de fevereiro, após a divulgação do vídeo, por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A decisão foi confirmada tanto pelo pelo plenário do Supremo quanto pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Posteriormente, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Daniel Silveira cumprisse a prisão em regime domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica, e autorizou o deputado a retomar o mandato de deputado, autorizando que participe remotamente, na própria residência, das sessões da Câmara.

Na sequência, a Suprema Corte decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado pela prática de agressões verbais e ameaça a ministros da Corte. O parlamentar passou à condição de réu e responde a um processo criminal.