Política
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Aras nega omissão diante de ataques de Bolsonaro e diz não fazer política na PGR
Procurador-geral, por outro lado, se contrapôs ao presidente ao fazer defesa pública do atual sistema de votação
Foto: José Cruz/Agência Brasil
O procurador-geral da República, Augusto Aras, refutou a tese de que tem sido omisso em relação ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Não houve em nenhum momento nenhuma omissão do procurador-geral da República", afirmou ele em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, a resposta foi dada por um Aras visivelmente incômodo quando indagado sobre sua atuação à frente do Ministério Público Federal.
De acordo com a Folha, o procurador, por outroa lado, se contrapõe ao chefe do Executivo e faz uma defesa pública do sistema brasileiro de votação pela primeira vez desde que oa mandatário passou a insistir nos ataques às urnas eletrônicas e encampou o voto impresso como sua principal bandeira.
Segundo Aras, a PGR nunca encontrou provas de fraude nas urnas e ainda atestou a legitimidade de todas as eleições. "O procurador-geral da República participou, na minha gestão em especial, de todos os atos pertinentes às eleições, legitimando as eleições", disse, conforme a Folha.
Para rebater as afirmações de que não age em relação às ameaças golpistas e aos ataques de Bolsonaro à Justiça Eleitoral e a ministros do Supremo, ele afirmou que as críticas vêm de pessoas que não conhecem as leis e que ele só pode se manifestar juridicamente.
"A diferença que pode estar surpreendendo o jornalismo é um procurador que não aceita fazer política, é um procurador que tem o compromisso de cumprir a Constituição e as leis", declarou.
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