Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Sábado, 23 de março de 2024

Política

CPI aprova relatório e pede punição de Bolsonaro e mais 79 por crimes na pandemia

Parecer obteve votos a favor 7 e 4 contrários; comissão instalada há 6 meses apurou crimes em pandemia que soma mais de 600 mil mortos no país

CPI aprova relatório e pede punição de Bolsonaro e mais 79 por crimes na pandemia

Foto: Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 27 de outubro de 2021 às 08:12

A CPI da Covid chegou ao fim nesta terça-feira (26) com a aprovação de relatório que atribui crimes ao governo federal e pede a responsabilização de vários agentes, sobretudo do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) foi aprovado por sete votos a favor e quatro contrários.

A versão final do texto sugere o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas (Precisa Medicamentos e VTCLog).

O parecer aponta que há provas de que o governo Jair Bolsonaro foi omisso e escolheu agir "de forma não técnica e desidiosa" no enfrentamento da pandemia.

Instalada há seis meses, a comissão investigou ações e omissões durante a crise sanitária mais letal da história, que soma mais de 600 mil mortes no Brasil. 

Votaram favoráveis ao relatório, além do relator, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Braga (MDB-AM).

Esses senadores formam o chamado G7, grupo que desde o início dos trabalhos comandou as ações da comissão.

A CPI ainda vê ações intencionais do governo para expor a população ao vírus e afirma que Bolsonaro era assessorado por uma espécie de gabinete paralelo, com membros que disseminavam fake news e promoviam tratamento ineficaz.

O parecer também cita irregularidades em negociações de vacinas, demora para compra de imunizantes eficazes e omissão para evitar o colapso sanitário no Amazonas.

Os senadores pedem o indiciamento de empresas, além de nomes ligados à operadora Prevent Senior, que teriam submetido pacientes a procedimentos ilegais.