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Eleição estadual em 2022 vai ser a mais nacionalizada do país desde 2006, projeta Lavareda

Política

Eleição estadual em 2022 vai ser a mais nacionalizada do país desde 2006, projeta Lavareda

Cientista político citou 'efeito topdown' e polarização como causas diretas deste movimento

Eleição estadual em 2022 vai ser a mais nacionalizada do país desde 2006, projeta Lavareda

Foto: Reprodução - Rádio Metropole

Por: André Uzêda no dia 02 de maio de 2022 às 18:28

O cientista político Antonio Lavareda acredita que as eleições de 2022 serão extremamente nacionalizadas, em um movimento muito próximo — ou até maior — do que ocorreu em 2006, quando Lula (PT) e Geraldo Alckmin (à época no PSDB) concorreram ao Planalto. Naquela época, os dois candidatos tiveram mais de 90% dos votos totais e o petista terminou reeleito. Na disputa deste ano, até o momento, Lula e Jair Bolsonaro (PL) têm protagonizado as maiores disputas nesta pré-campanha. 

Em entrevista nesta segunda-feira (2) a Mário Kertész, Lavareda citou o efeito"topdown" para justificar sua teoria, além de lembrar que os palanques estaduais são profundamente influenciados quando se tem uma polarização nacional inflada. Na Bahia, por exemplo, surfando na popularidade de Lula, Jaques Wagner (PT) surpreendeu e derrotou Paulo Souto em 2006, findando 16 anos de hegemonia do grupo carlista. 

"Os especialistas chamam de efeito topdown. O efeito sempre é maior de cima para baixo. A eleição presidencial afeta muito mais a eleição governamental do que vice-versa. Os candidatos a presidente se preocupam de ter candidaturas nos estados não porque os candidatos nos estados vão carrear a campanha deles. É muito mais para se valer da rede capilaridade de candidatos competitivos nos estados", disse na Rádio Metropole

Caso se confirme, a projeção contraria completamente o modelo pensado pelo pré-candidato ao governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto. O ex-prefeito de Salvador tem apostado em uma eleição estadual dissociada da nacional. Já Jerônimo Rodrigues (PT) faz o movimento oposto, buscando se aproximar ao máximo do seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Lula.

Laravera ainda completou: "2022 nós podemos ter uma taxa de nacionalização bastante parecida, muito em função desse grau de polarização (entre Lula e Bolsonaro). Quando você vê o noticiário, ver a dificuldade da candidatura de Ciro Gomes para conseguir palanques estaduais. Exatamente pelo grau de polarização. Isso continuando a ocorrer teremos uma importância tão expressiva em 2022 quando tivemos em 2006", diz.