Faça parte do canal da Metropole no WhatsApp >>

Quinta-feira, 18 de abril de 2024

Home

/

Notícias

/

Política

/

Movimento pretendido por Bolsonaro com embaixadores "deu errado", analisa Traumann

Política

Movimento pretendido por Bolsonaro com embaixadores "deu errado", analisa Traumann

Jornalista e consultor político deu entrevista nesta quarta-feira (20) a Mário Kertész, na Rádio Metropole

Movimento pretendido por Bolsonaro com embaixadores "deu errado", analisa Traumann

Foto: Divulgação

Por: André Uzêda no dia 20 de julho de 2022 às 09:05

O jornalista e consultor político Thomas Traumann disse, em entrevista nesta quarta-feira (20) à Rádio Metropole, que o movimento pretendido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no encontro com embaixadores estrangeiros, "foi amplamente negativo".

"O que o presidente Bolsonaro queria com essa reunião? Ele queria que os embaixadores já ficassem avisados, e avisassem aos seus chefes de estado, que poderá haver uma contestação judicial do resultado eleitoral no Brasil. Só que deu tudo errado. O retorno que o presidente esperava não aconteceu. O embaixador da Suíça soltou uma notinha no Twitter dizendo que acreditava no sistema eleitoral brasileiro. O embaixador americano soltou uma nota muito dura dizendo que acredita no sistema brasileiro. Ou seja, o resultado foi amplamente negativo", analisou, em conversa com Mário Kertész. 

Questionado por Kertész sobre as constantes declarações do presidente sobre ser o "chefe supremo das Forças Armadas", Traumann disse que "existe um enorme risco neste tipo de declaração" e que o país "vive um risco". 

Traumann também considerou que há uma leniência da Procuradoria Geral da República (PGR) e dos deputados federais em limitar a atuação autoritária do presidente.

"Há muitos meses o presidente tem passado do limite e nada é feito. Isso é uma leniência, tanto da Procuradoria Geral da República, que parou de existir, quanto na vontade dos deputados federais. Como nada é feito, o presidente vai avançando. Ele tá chamando uma manifestação gigante em 7  de setembro e ninguém sabe o que vai acontecer. Ele tá pressionando de tal forma que agora estamos vivendo esse risco", diz.