
Política
Craque do jogo: após mudar de lado, Geraldo Júnior garante lugar no governo e na Câmara
Bruno Reis entrou em acordo com Geraldo e parece que Kiki Bispo e demais pleiteantes à presidência da Câmara terão que esperar

Foto: Divulgação
Concluídas as eleições e a Copa de 2022, se a Bahia tivesse que eleger o seu próprio "Craque do jogo", esse seria o vice-governador diplomado Geraldo Júnior (MDB). Nesta segunda-feira (19), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), confirmou que entrou em um acordo com o presidente da Câmara de Vereadores em exercício para que o próximo chefe do Legislativo soteropolitano seja o seu vice, o vereador Carlos Muniz (PTB).
Com isso, Geraldinho conseguiu emplacar a candidatura a vice-governador e ainda garantir seu sucessor na terceira eleição seguida a presidente da Câmara de Vereadores, em acordo com a gestão soteropolitana do União Brasil, após uma série de imbróglios que chegaram até ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No início do ano, apoiador da candidatura de ACM Neto (União) ao governo da Bahia, Geraldo Júnior foi eleito para a terceira gestão como chefe do Legislativo soteropolitano — também com apoio do prefeito e afilhado de Neto, Bruno Reis (União). Logo depois, entretanto, Geraldinho apareceu como candidato a vice-governador pelo Partido dos Trabalhadores, contra os antigos aliados.
Em abril, o União Brasil entrou em todas instancias judiciais contra a reeleição de Geraldo Júnior, mas perdeu em todas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu a favor do presidente da Câmara de Vereadores, Geraldo Júnior, no início deste mês, e empatou a votação sobre a eleição da Casa, que garantiu o terceiro mandato consecutivo do emedebista.
Além disso, o relator Nunes Marques revogou a liminar (decisão provisória) em que obrigava um novo pleito interno para escolher um novo presidente do Legislativo, o que beneficiou também o emedebista.
Com as decisões, Bruno Reis entrou em acordo com Geraldo e parece que Kiki Bispo e demais pleiteantes à presidência da Câmara terão que esperar, já que é o vice do titular quem assumirá.
Na decisão, Gilmar ressaltou que a composição atual da Mesa Diretora da Casa Legislativa deve ser mantida, assegurada aos seus membros uma única reeleição aos mesmos cargos, independentemente da legislatura e das composições eleitas antes do julgamento do Supremo Tribunal Federal.
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