Política
Bruno Reis participa de audiência com Papa Leão XIV nesta quarta no Vaticano: “pedir sabedoria”

Documento é direcionado ao governador Jerônimo Rodrigues e ao presidente da AL-BA Adolfo Menezes, além de secretários e procuradora do MP-BA
Foto: Reprodução / Blog do Anderson
Mais de 60 entidades do movimento negro nacional assinaram uma carta aberta em repúdio à nomeação de Emilson Piau (PCdoB) na chefia de um gabinete na Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb). As instituições dizem, no documento, que entedem a escolha como uma "afronta" e questionam os princípios do governo.
As críticas se referem à condenação de Piau pelo crime de injúria racial em 2021. O caso aconteceu em 2015, contra quatro coordenadores do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Na época, a denúncia do crime foi feita pelo próprio Ministério Público - que já pediu explicações acerca da nomeação.
"Este inacreditável episódio põe em xeque qualquer expectativa de compromisso antirracista do governo estadual baiano", diz um trecho da carta. "A decisão política de nomear o senhor Emilson Piau, condenado judicialmente por crime racial, soa como uma afronta à sociedade baiana e aos movimentos sociais negros, bem como a todas as pessoas que abominam o racismo e suas perversas manifestações institucionais e individuais", afirma outra passagem.
A carta é direcionada diretamente ao governador Jerônimo Rodrigues (PT); ao secretário de Justiça e Direitos Humanos Felipe Freitas; à secretária de Promoção da Igualdade Racial Ângela Guimarães; ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado estadual Adolfo Menezes; e à procuradora geral de Justiça, Dra. Norma Cavalcanti.
No texto, as organizações requerem das autoridades "a adoção de medidas para a imediata suspensão da nomeação" de Piau - a quem se referem como "criminoso condenado" -, além da instauração de medidas administrativas. O grupo também pede um esclarecimento e a responsabilização pela "inércia institucional diante das denúncias formuladas à administração estadual".
Veja quem assinou a carta:
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