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Segunda-feira, 21 de outubro de 2024

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MK comenta enfraquecimento da democracia e avanço da extrema direita: "não é à toa que chamavam Bolsonaro de Mito"

Política

MK comenta enfraquecimento da democracia e avanço da extrema direita: "não é à toa que chamavam Bolsonaro de Mito"

O âncora da Rádio Metropole concedeu entrevista ao jornalista Leonardo Attuch nesta sexta-feira (31)

MK comenta enfraquecimento da democracia e avanço da extrema direita: "não é à toa que chamavam Bolsonaro de Mito"

Foto: Reprodução/Youtube

Por: Metro1 no dia 31 de maio de 2024 às 18:28

Atualizado: no dia 31 de maio de 2024 às 19:12

Nesta sexta-feira (31), Mário Kertész concedeu entrevista ao jornalista Leonardo Attuch no programa Brasil Agora da TV 247, onde discutiu o avanço da extrema direita no mundo. Kertész analisou que a história é cíclica, com períodos em que a democracia se enfraquece, permitindo o surgimento de tiranos.

Durante a entrevista, o âncora da Rádio Metropole destacou que essa tendência já ocorreu no início do século passado, após a Primeira Guerra Mundial. “Aquilo que aconteceu na Alemanha, na Itália e em outros países foi fruto da incapacidade de uma democracia em responder aos anseios de uma boa parte da população, e o aparecimento sempre de um salvador da pátria”, analisou.

Para Kertész, a atribuição do título de "mito" a Bolsonaro não é mero acaso. Em sua análise, há uma construção da imagem no imaginário de uma parcela da população que anseia por um "salvador da pátria" e que está disposta a aceitar discursos políticos, mesmo que contradigam princípios democráticos.

"Por que que tanta gente, de bom nível cultural, com boas instruções, conhecendo o mundo, conhecendo um pouco de história, mergulha e acredita naquilo? Porque precisa disso. Porque acha que só assim, que Lula é 'ladrão', que Lula é 'cachaceiro', que Lula é 'baderneiro', que o país vai acabar, e que a gente precisa salvar a patria", indagou.

Analisando o cenário do governo Bolsonaro, Kertész menciona uma das figuras políticas que marcaram a gestão de Jair Bolsonaro: a ex-ministra Damares Alves. Para ele, Damares representava os valores morais de "tradição, família e propriedade". O jornalista relembra que esses conceitos foram cultivados pela influência histórica da Igreja Católica no Brasil, que impediu o desenvolvimento da população, dificultou o "tratamento adequado dos pobres e restringiu práticas como o divórcio e as relações homossexuais, tudo em nome da pátria, da família e da propriedade".