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Lula manda recado para Musk sobre suspensão do X: "Estado não pode se intimidar ante plataformas digitais"

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Lula manda recado para Musk sobre suspensão do X: "Estado não pode se intimidar ante plataformas digitais"

A declaração foi feita durante a Assembleia da ONU, onde o presidente brasileiro pregou contra extremismos e “interesses reacionários”

Lula manda recado para Musk sobre suspensão do X: "Estado não pode se intimidar ante plataformas digitais"

Foto: Ricardo Stuckert /PR

Por: Metro1 no dia 24 de setembro de 2024 às 16:57

Atualizado: no dia 25 de setembro de 2024 às 15:42

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que o Estado não pode se intimidar frente a indivíduos ou plataformas digitais, e que tem o direito de julgar e fazer cumprir as regras de seu território.

Apesar de não ter citado nomes, a declaração desta terça-feira (24) pode ser entendida como um recado ao empresário Elon Musk, dono do X, em referência à suspensão da rede social pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Brasil.

“O futuro de nossa região passa, sobretudo, por construir um Estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrenta todas as formas de discriminação. Que não se intimida ante indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei”, disse o presidente. 

Lula destacou que a liberdade é a “primeira vítima de um mundo sem regras”. “Elementos essenciais da soberania incluem o direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital”, completou. 

A fala ocorreu em um trecho do discurso em que o presidente dedicou a pregar contra extremismos e “interesses reacionários”. Nesse caso, a referência é ao grupo político de Jair Bolsonaro, ex-presidente e principal adversário do petista. A decisão de derrubar o X recebeu críticas de bolsonaristas que costumam fazer elogios a Musk. 

“Brasileiras e brasileiros continuarão a derrotar os que tentam solapar as instituições e colocá-las a serviço de interesses reacionários. A democracia precisa responder às legítimas aspirações dos que não aceitam mais a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência. No mundo globalizado não faz sentido recorrer a falsos patriotas e isolacionistas. Tampouco há esperança no recurso a experiências ultraliberais que apenas agravam as dificuldades de um continente depauperado”, explicou o presidente brasileiro.