
Política
Jean Wyllys critica Bolsonaro: "Tolerei esses insultos por seis anos"
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi entrevistado por Mário Kertész durante o Jornal da Cidade 2ª Edição nesta segunda-feira (18) e comentou a votação do prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, o quadro caótico da política brasileira é reflexo da má representação da sociedade no Congresso. [Leia mais...]

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) foi entrevistado por Mário Kertész durante o Jornal da Cidade 2ª Edição da Rádio Metrópole nesta segunda-feira (18) e comentou a votação do prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, o quadro caótico da política brasileira é reflexo da má representação da sociedade no Congresso.
"Vi ontem jornalistas que cobrem a Câmara e que se diziam chocados com os discursos do baixo-clero. Eu citei para uma jornalista a música do Lô Borges: 'Quando eu falava dessas cores mórbidas, mas eu falava desses homens sórdidos quando eu falava desse temporal, você não escutou'. Eu sofro isso, são homofóbicos. Eles não representam os evangélicos, só dizem que representam. Essa turma, além da bancada da Bala, é a que sustenta Eduardo Cunha. Eu ouço esses discursos valorosos todos os dias, dizendo que a Constituição Federal não vale nada, que o que vale é a Bíblia. A mim não fez surpresa", afirmou o parlamentar.
Para Jean, a presença de Eduardo Cunha na Presidência da Câmara é contraditória, por ele ser réu no Supremo Tribunal Federal (STF). "Fomos assediados de maneira fascistas. Esses grupos, Revoltados Online e MBL tinham livre acesso na Câmara, patrocinados por Eduardo Cunha. Eu e a Jandira [Fergali (PSOL-RJ)] tivemos nossos gabinetes vandalizados", revelou.
O deputado também criticou a atuação de Jair Bolsonaro na Câmara, a quem Jean chamou de 'fascista'. "Eu virei e cuspi. Eu estava no meu limite, cuspiria de novo. Ele enaltece um torturador que colocava ratos na vagina das mulheres. Foi em reação a um ataque. Um homem que tem um currículo de baixarias na Câmara desses. As pessoas dizem que eu fui mal educado. Eu sou humano, não sou Jesus Cristo. Eu tolerei os insultos desse homem e dos filhos dele por seis anos, e tenho uma série de denúncias contra a Justiça Federal. No meu limite, as pessoas vão se incomodar com um cuspe. É típico dos brasileiros que votam neste homem", declarou Jean, que citou a ascensão de Bolsonaro nas pesquisas de opinião.
"Na revista Piauí, ele está acima de Geraldo Alckmin nas intenções políticas com 8%. Com todo respeito que tenho ao Geraldo Alckmin, que diverge dos meus posicionamentos políticos. Quando um homem como Geraldo Alckmim está abaixo de Bolsonaro nas intenções de voto, é algo muito grave", completou.
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.