Política
Câmara autoriza licença solicitada por Carla Zambelli, foragida e incluída na lista da Interpol

Ministro afirmou que acesso às provas já foi garantido, e rejeitou pedido para que Bolsonaro ouvisse testemunhas de outros réus antes de depor
Foto: Rosinei Coutinho/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou, na quinta-feira (5), o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para suspender a ação penal que apura uma suposta trama golpista após as eleições de 2022 até que os advogados tenham acesso integral às provas. Bolsonaro é um dos réus nesse processo – e, na próxima semana, deve ser ouvido pela Primeira Turma como um dos passos da fase de instrução do caso.
A defesa de Bolsonaro tentava suspender o andamento do caso de duas formas: dizendo que ainda não tinha acessado a íntegra das provas reunidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na fase de investigação; e alegando que Jair Bolsonaro e os advogados teriam que ouvir os depoimentos das testemunhas de outros "núcleos" de acusados, para que pudessem se defender de eventuais acusações feitas contra o ex-presidente nessas falas.
Segundo o ministro, relator do caso no STF, a íntegra das provas já está disponível nos autos do processo – e o material novo juntado ao processo, incluindo provas reunidas pela própria defesa de Bolsonaro, "em nada alterou os fatos imputados na acusação". O julgamento em si, com os votos dos ministros, é esperado para o segundo semestre.
Nas últimas duas semanas, o Supremo ouviu mais de 50 testemunhas na ação penal do plano de golpe. Dois ex-comandantes das Forças Armadas confirmaram à Corte que Bolsonaro discutiu medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
📲 Clique aqui para fazer parte do novo canal da Metropole no WhatsApp.