
Política
Sessão com Haddad na Câmara tem trocas de ofensas com deputados da oposição
Ministro chamou os parlamentares de “moleques” por deixarem o debate; Carlos Jordy reagiu com ataques e sessão terminou sem acordo

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A audiência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11) foi marcada por confusão, ataques verbais e o encerramento antecipado da sessão. A tensão teve início após críticas dos deputados bolsonaristas Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ), que acusaram o governo Lula de promover uma "gastança", aumentar impostos e ainda assim registrar déficits nas contas públicas.
Na resposta, Haddad reagiu com firmeza e criticou a ausência dos deputados após as perguntas. “Agora aparecem dois deputados, fazem as perguntas e correm do debate. Nikolas sumiu, [perguntou] só para aparecer. [...] É um pouco de molecagem, e isso não é bom para a democracia”, afirmou.
Pouco depois, Jordy retornou ao plenário, pediu direito de resposta e rebateu. “Moleque é você, ministro, por ter aceitado um cargo dessa magnitude e só ter feito dois meses de economia. [...] Governo Lula é pior do que uma pandemia”.
Nikolas também voltou à sessão, mas foi interrompido pelo presidente da audiência, Rogério Correia (PT-MG), que tentava organizar as falas dos inscritos.
Com o clima cada vez mais acirrado, Correia afirmou que retiraria as ofensas de Jordy dos registros oficiais, o que levou a oposição a pedir que o mesmo fosse feito com as falas de Haddad. Sem consenso e com a continuidade do tumulto, a sessão foi encerrada antes que todos os deputados inscritos pudessem falar.
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