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Em carta a Trump, governo brasileiro manifesta “indignação” e protesta contra tarifa de 50% imposta pelos EUA

Política

Em carta a Trump, governo brasileiro manifesta “indignação” e protesta contra tarifa de 50% imposta pelos EUA

Após o envio de um primeiro comunicado em maio, o Brasil cobra uma resposta formal dos Estados Unidos e reafirma sua intenção de resolver a disputa comercial

Em carta a Trump, governo brasileiro manifesta “indignação” e protesta contra tarifa de 50% imposta pelos EUA

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Por: Metro1 no dia 16 de julho de 2025 às 12:36

O governo brasileiro enviou, nesta terça-feira (15), uma carta ao governo dos Estados Unidos expressando "indignação" em relação à imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada em 9 de julho. O documento, assinado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destaca os impactos negativos das tarifas em setores-chave das duas economias e alerta sobre o risco para uma parceria histórica entre os países.

“Governo manifesta sua indignação com o anúncio, feito em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, a partir de 1° de agosto. A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países”, diz o documento.

Após o anúncio da tarifa de 10% em maio, o Brasil já havia enviado uma carta, mas a resposta ainda não havia sido recebida. O governo brasileiro, então, reiterou sua disposição em retomar as negociações para uma solução. No documento, o Brasil reforça que permanece pronto para dialogar, buscando um acordo que minimize os impactos negativos das tarifas e preserve a relação bilateral.

Em reuniões com empresários, Alckmin disse que a prioridade é resolver a questão até o final de julho. Embora haja sugestões para pedir mais prazo, o governo busca uma solução definitiva sem adiar a implementação da tarifa, prevista para 1º de agosto.