
Política
Governo acredita que cartões e big techs estariam por trás de investida dos EUA contra o Pix
EUA apontam sistema como prática desleal no comércio digital

Foto: Metropress/Official White House/Abe McNatt/ Ricardo Stuckert/PR
Membros do governo e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT) acreditam na influência de empresas de cartões e gigantes da tecnologia, as big techs, na pressão dos EUA contra o Pix. O sistema brasileiro virou alvo em uma investigação iniciada ainda sob Donald Trump, que aponta o Pix como possível prática comercial desleal no setor de pagamentos digitais. As informações são da Folha de São Paulo.
A popularização do Pix reduziu a participação de cartões, especialmente na função débito, afetando diretamente empresas como Visa e Mastercard. Desde seu lançamento, no final de 2020, o volume de transações aumentou 50 vezes, enquanto o uso de cartões cresceu apenas 64%. As transferências por TED, mais usadas por empresas, tiveram alta de 34%.
O Pix parcelado, com juros mais baixos, também preocupa o setor financeiro. O sistema, gratuito e operado pelo Banco Central, é visto como infraestrutura crítica, capaz de reduzir a influência dos EUA no sistema global de pagamentos ao oferecer uma alternativa ao dólar.
Além de promover acordos de transferência direta com países como China, o Brasil abriu o código do Pix para outros governos. A Colômbia já adotou um modelo similar, e Chile, Peru e México estudam seguir o exemplo. O sucesso do Pix levanta temores de perda de protagonismo das big techs no mercado financeiro global.
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