
Política
Hugo Motta diz que proibiu comissões na Câmara por falta de pluralidade
Presidente da Câmara decidiu que votações só ocorram após recesso

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), explicou suas razões para cancelar a realização de comissões na Casa até o dia 1º de agosto. A informação foi publicada pela CNN.
Para ele, trata-se de uma medida para garantir a pluralidade de representação durante as reuniões, já que neste momento, apenas parlamentares de direita decidiram cancelar o recesso informal dos deputados, enquanto os demais estão em período de descanso. “A Câmara é a casa do povo e é importante que todo mecanismo legislativo possa contar com a participação ampla e extremamente democrática dos seus pares”, afirmou.
E continuou: “Convocar comissão em pleno recesso, previamente acordado e informado, restringe a participação dos demais componentes das referidas comissões.” Para Hugo, “é razoável” aguardar o retorno dos trabalhos da Câmara, em agosto, “para que os debates e diálogos sigam de maneira democrática representando, dessa forma, o povo brasileiro e toda a sua heterogeneidade de ideias”.
O caso
Após operação da PF (Polícia Federal) na semana passada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares do PL na Câmara decidiram cancelar o período de descanso e tentaram convocar votações nas comissões de Relações Exteriores e de Segurança Pública, que são presididas por deputados do partido.
Diante disso, na manhã desta terça-feira (22), Hugo Motta publicou decisão que “veda a realização de reunião de comissões no período de 22 de julho a 1º de agosto de 2025”. Ou seja, as deliberações só podem acontecer após o fim do recesso informal dos deputados.
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