O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para uma reunião de emergência no Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (30), para discutir a nova tarifa imposta pelo governo dos Estados Unidos a produtos exportados pelo Brasil. O encontro com os principais auxiliares deve ocorrer no fim da tarde.
A medida assinada por Donald Trump eleva para 50% a tarifa sobre os produtos brasileiros, com entrada em vigor em sete dias. Segundo comunicado da Casa Branca, a decisão é uma resposta a "ações do governo brasileiro que ameaçam a segurança nacional e a economia dos EUA". O texto também menciona o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de perseguição.
Durante a reunião, o governo deve avaliar a extensão dos impactos da medida e discutir ações emergenciais, como apoio aos setores afetados e estratégias para manter empregos. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que está à frente das negociações com empresários e autoridades norte-americanas, participará do encontro.
Também foram chamados os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Já o chanceler Mauro Vieira, que está em viagem aos Estados Unidos, será representado por um secretário do Itamaraty.
O Ministério do Desenvolvimento e o Itamaraty devem apresentar um levantamento detalhado sobre os efeitos do tarifaço na pauta de exportações do Brasil para os EUA. Mesmo com a alta nas tarifas, alguns itens — como determinados alimentos, minérios, combustíveis e produtos da aviação civil — foram excluídos da taxação.
