
Política
Mesmo fora do país, Eduardo Bolsonaro segue com salário e gabinete de R$ 123 mil
Próximos pagamentos não serão depositados, por ordem de Moraes

Foto: Pedro França/Agência Senado
Desde que teve sua licença encerrada em 20 de julho — período em que a Câmara dos Deputados estava em recesso —, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde fevereiro, voltou a receber salário da Casa. Segundo o Portal da Transparência, o parlamentar recebeu R$ 17 mil brutos neste mês, valor proporcional ao tempo de atividade. Após os descontos, o montante líquido foi de R$ 13.338,69.
A informação é do jornal O Globo. Apesar de ter recebido o pagamento referente a julho, Eduardo não pode sacar o dinheiro ou fazer transações. Desde o mês passado, o deputado tem suas contas e chaves PIX bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bens móveis e imóveis do deputado também estão vedados para transações.
Em nota, a Câmara confirma o pagamento ao deputado. De acordo com a Casa, a ordem judicial para bloqueio do salário do deputado foi recebida no último dia 24, depois do fechamento da folha referente a julho, o que foi efetuado no dia 21. Os próximos pagamentos, portanto, ficarão retidos. Quanto aos secretários parlamentares, a Câmara informa que não há determinação para suspensão dos salários, enquanto Eduardo mantiver seu mandato. A reportagem procurou Eduardo, mas não teve resposta.
O gabinete do deputado, que já afirmou a intenção de não voltar ao Brasil, também segue funcionando normalmente. Segundo os dados da Câmara, Eduardo manteve em julho oito funcionários, com salários que variam de R$ 9 mil a R$ 14 mil. O valor somado é de R$ 123 mil.
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