
Política
Rui Costa critica uso de bandeira dos EUA em ato pró-Bolsonaro no 7 de Setembro
Ministro da Casa Civil chamou manifestação de “inédita” e governador Jerônimo Rodrigues reforçou discurso de soberania diante de ataques do governo Trump ao Brasil

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), criticou neste domingo (7) o uso da bandeira dos Estados Unidos durante as manifestações em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizadas no Dia da Independência do Brasil.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, uma bandeira gigante do país norte-americano foi estendida por parte dos milhares de bolsonaristas presentes. A cena se repetiu em outras cidades. Em Salvador, no Farol da Barra, apoiadores de Bolsonaro levaram não apenas bandeiras dos EUA, governados por Donald Trump, mas também de Israel.
“O dia de ontem deixou claro para a população brasileira de que lado cada um de nós está! Nunca vi, na história da humanidade, políticos que, no dia da independência de um país, erguessem a bandeira de outra nação — justamente uma nação que adotou medidas para destruir empregos, empresas e a economia do Brasil”, escreveu Rui Costa em sua conta no X (antigo Twitter).
Ele ainda completou: “Está evidente quem sempre esteve ao lado do povo brasileiro e quem usou — e ainda usa — a bandeira do Brasil apenas para defender interesses próprios e causas que não representam a maioria da população.”
Soberania em pauta
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), também reforçou o tom crítico ao falar sobre soberania nacional. Durante coletiva antes do desfile cívico em Salvador, ele citou os recentes atritos diplomáticos entre o governo Trump e o Brasil.
“Não posso deixar de tratar do assunto que é a tentativa dos Estados Unidos de querem criar um ambiente de desconforto na relação diplomática. Isso é muito ruim para o Estado brasileiro, para a soberania, para a independência”, afirmou.
Entre as medidas mais recentes impostas pelo governo norte-americano estão o aumento de tarifas sobre importações brasileiras e sanções econômicas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Trump alega que tais ações seriam uma resposta ao julgamento de Bolsonaro, réu no STF por tentativa de golpe de Estado.
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