
Política
Empresário investigado decide ficar em silêncio na CPMI do INSS
Defesa afirma que bens foram adquiridos de forma legal

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
O empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti, investigado por envolvimento em fraudes contra aposentados do INSS, depôs na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS nesta segunda-feira (6), mas decidiu permanecer em silêncio após responder às primeiras perguntas. Ele foi alvo da Operação Sem Desconto, que apura descontos irregulares em benefícios previdenciários.
Ex-sócio de Nelson Willians, advogado ligado ao esquema, Cavalcanti negou envolvimento, disse não ser "laranja" e afirmou desconhecer as ações ilegais atribuídas a Willians e a Maurício Camisotti. A defesa declarou que os bens são legais e pertencem à empresa de Cavalcanti, incluindo uma Ferrari em financiamento até 2027.
Durante a operação, a Polícia Federal (PF) apreendeu carros de luxo, relógios e vinhos avaliados em milhões. Questionado sobre sua evolução patrimonial, o empresário evitou detalhar, embora tenha declarado que, em 2017, possuía menos de R$ 100 mil.
A CPMI aponta possível participação de Cavalcanti em uma rede com políticos e servidores. O senador Carlos Viana afirmou que o patrimônio é incompatível com os rendimentos declarados e que Cavalcanti seria parte de uma organização que atuava livremente em Brasília.
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