
Política
Moraes aponta violação da tornozeleira e “elevado risco de fuga” por Bolsonaro
Ministro determina detenção cautelar do ex-presidente com medidas de preservação de dignidade e custódia em sala especial da PF

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi cumprida na manhã deste sábado (22) sob determinações específicas do ministro Alexandre de Moraes: nada de algemas, nem exposição pública. O ex-chefe do Executivo foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está alojado em uma sala de Estado, espaço destinado a autoridades de alta hierarquia. A ação, embora cautelar, não representa o início do cumprimento da pena já imposta no caso da tentativa de golpe de Estado.
A decisão de Moraes foi tomada após a Polícia Federal informar que Bolsonaro violou a tornozeleira eletrônica e apresentava “elevado risco de fuga”, especialmente diante da vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na noite de sexta-feira (21), em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpre medidas judiciais.
Segundo o ministro, a mobilização teria potencial para produzir tumulto e dificultar fiscalizações, repetindo um padrão que, para Moraes, marca a atuação da organização criminosa pela qual Bolsonaro foi condenado. O magistrado registrou que, às 0h08 deste sábado, houve violação do equipamento de monitoramento, gesto interpretado como tentativa de romper a tornozeleira durante a confusão causada pelo ato.
A localização da casa do ex-presidente, próxima à embaixada dos Estados Unidos, também foi citada como fator que aumentaria as chances de fuga.
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