
Política
Peritos da PF afirmam que Bolsonaro tem hérnia e precisa passar por cirurgia
Apesar da necessidade, laudo médico descarta urgência ou emergência, mas reforça que procedimento deve ser feito 'o mais rápido possível' para eliminar soluços

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Perícia médica realizada pela Polícia Federal para avaliar o quadro de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concluiu que ele está com hérnia inguinal bilateral e necessita de cirurgia para tratamento "o mais breve possível". O laudo pericial expedido pela PF afirma que houve "piora progressiva" do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo "aumento da pressão intra-abdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica".
"Em 16/08/2025, o exame tomográfico do abdome não havia detectado alterações herniárias na parede abdominal. Em 07/11/2025, foi descrito em relatório o quadro de hérnia inguinal unilateral, realizado clinicamente, e que se manteve no relatório de 09/12/2025. A ultrassonografia de 14/12/2025 e o exame físico realizado por esses peritos signatários confirmaram o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral", diz o documento.
Apesar do quadro, os peritos afirmaram que não há em nenhum relatório médico a indicação de necessidade de realização da cirurgia em urgência ou emergência. "Não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia", aponta o documento.
"Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo", diz o resultado da perícia. Os resultados já foram encaminhados ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator da execução penal do ex-presidente. Bolsonaro cumpre pena em uma sala de Estado-Maior na Superintendência da PF.
"No tocante ao quadro de soluços, o bloqueio do nervo frênico é tecnicamente pertinente. Quanto à tempestividade do procedimento, esta Junta Médica entende que deve ser realizado o mais breve possível, haja vista a refratariedade aos tratamentos instituídos, a piora do sono e da alimentação, além de acelerar o risco das complicações do quadro herniário, em decorrência do aumento da pressão intra-abdominal", diz o documento.
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