
Política
Lava Jato: ministro do STF pede que Sérgio Moro investigue Jaques Wagner
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou nesta quinta-feira (9) o envio de um pedido de abertura de inquérito para investigar o ex-chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia Jaques Wagner para análise do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo julgamento dos processos da Operação Lava Jato na primeira instância. [Leia mais...]

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou nesta quinta-feira (9) o envio de um pedido de abertura de inquérito para investigar o ex-chefe da Casa Civil e ex-governador da Bahia Jaques Wagner para análise do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo julgamento dos processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
Em seu despacho, o ministro, que era responsável pela relatoria do caso, disse que atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Com base na delação do senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS), Janot pediu para incluir Wagner no inquérito-mãe da Lava Jato que tramita no Supremo, o quadrilhão. Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki, considerou, ao analisar o pedido da PGR, que o caso não estava diretamente relacionado ao esquema de corrupção que agia na Petrobras e que por isso a solicitação da PGR foi sorteada para um novo ministro.
Segundo Celso de Mello, Janot pediu a abertura de inquérito "em razão de fatos possivelmente ilícitos relacionados a Jaques Wagner". Na ocasião em que foi solicitada a investigação, o petista ainda possuia foro privilegiado como ministro de Estado. A decisão de Celso de Mello, entretanto, não detalha quais suspeitas pesam sobre Jaques Wagner, apenas afirma que o pedido tinha relação com a Lava Jato.
Wagner foi citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que afirmou nos depoimentos que o ex-chefe da Casa Civil recebeu, em 2006, ano em que concorreu pela primeira vez ao governo da Bahia, recursos desviados da Petrobras.
Por meio de nota enviada ao site G1, o ex-governador disse ter ficado "surpreso" e que "estranhou" a decisão de Celso de Mello. Ele também reiterou no comunicado que as doações que recebeu em sua campanha foram "declaradas e auditadas" pela Justiça Federal, disse que aguarda acesso às informações e ressaltou que está à disposição para qualquer esclarecimento. "O ex-ministro Jaques Wagner ficou surpreso e estranhou que a iniciativa de solicitar a análise do pedido de abertura de inquérito ao juiz Sérgio Moro tenha partido do ministro Celso de Mello, uma vez que segundo nota do site G1, o relator da lava jato , ministro Teori Zavaski considerou que o caso não estava diretamente ligado ao esquema da Petrobras", escreveu o ex-ministro na nota.
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