Zé Neto exalta Lula e aposta em eleições diretas: "Vai dar legitimidade"

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) recebe, nesta quinta-feira (16), o título de cidadã baiana, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), em meio a mais um polêmico episódio da política brasileira. Na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, divulgada na última quarta-feira (15), o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) é apontado como negociador de propina para campanhas eleitorais. Para o líder do governo na AL-BA, Zé Neto (PT), "é um momento complicado para os interinos". "Você não vai ouvir nenhuma dessas conversas, nem acusações em relação a Dilma", declarou ao Metro1.

"O momento em que explode um escândalo sem dimensão, ela [Dilma] vem à Bahia. Vamos fortalecer mais ainda a caminhada pro retorno ao governo, ao sentimento dela de buscar um plebiscito", acrescentou. De acordo com Neto, eleições diretas são mais prováveis para solucionar a crise. "Tá na hora da gente começar a pensar. Pode ser que seja o plebiscito, mas talvez o caminho direto é a nova eleição. Vai dar legitimidade e encolher esses que fazem da República um caminho de interesses pessoais", afirmou.

Sobre o favoritismo do ex-presidente Lula para as eleições de 2018, o deputado afirmou que "o povo reconhece a liderança". "Não dá pra dizer que no PT não teve erro nenhum. Algum erro teve sim, mas nesse instante, tá claro. Não tem alguém que tenha condições de retomar um rumo para o país, o reequilíbrio das instituições", exaltou. "A Bahia tem um papel importante na visibilidade que vai dar a Dilma com o reconhecimento", disse.

Questionado sobre a sua pré-candidatura em Feira de Santana, Zé Neto preferiu não se aprofundar no assunto. "Tá firmada, mas com essa turbulência, qualquer um que pensar em eleição, tem que trabalhar. Ninguém quer ouvir nada de eleição. Mais de 70% da população está entre nulo e indeciso. Então, temos que trabalhar porque vai ser uma eleição rápida, pra que tenhamos condições de levar propostas, projetos. Não dá pra falar agora, o eleitor que resolver outra coisa, quer sair da crise", finalizou.