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O Rio é Universal: Capa do Extra manda Crivella se entender com a diversidade

Política

O Rio é Universal: Capa do Extra manda Crivella se entender com a diversidade

Agora é contigo Crivella! Diz uma das manchetes principais do jornal carioca Extra sobre a postura que o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, PRB, terá que adotar assim que assumir a cadeira do executivo municipal, em primeiro de janeiro de 2017.

O Rio é Universal: Capa do Extra manda Crivella se entender com a diversidade

Foto: Agência Brasil

Por: André Teixeira no dia 31 de outubro de 2016 às 12:09

"Agora é contigo, Crivella!", diz uma das manchetes principais do jornal carioca Extra sobre a postura que o prefeito eleito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, PRB, terá de adotar assim que assumir a cadeira do Executivo Municipal, em 1º de janeiro de 2017. No destaque O Rio é Universal: É dos Gays, do Carnaval, das Mulheres, da Diversidade, da Umbanda, dos Negros, do Cristo e da Tolerância, o jornal mostra, nas entrelinhas, o receio de pessoas que representam esses segmentos em relação ao candidato do PRB. 

— Vamos cobrar que se cumpra o que foi assinado, como o ensino da cultura afro nas escolas — pede o babalorixá Ivanir dos Santos

— Precisamos de projetos que incentivem a pluralidade de pensamentos  Pede Priscila Paranhos, da Marcha das Vadias, cética quanto ao discurso ecumênico de Crivella, que repetiu sete vezes a palavra Deus em seu discurso da vitória.

Alardeado pela esquerda e por representantes da cultura carioca, Marcelo Freixo (PSOL), de certa forma, surpreendeu nesta eleição. Fez uma campanha difícil e por menos de 537 mil votos perdeu, mesmo tendo ao seu lado o apoio de figuras de peso como Caetano Veloso, Wagner Moura, Chico Buarque de Holanda e uma nata de artistas que pediram voto e cantaram por ele. Freixo, além dos "notáveis", teve apoio também de Jandira Feghali, Lindbergh Farias e vários políticos conhecidos de siglas de esquerda, como PC do B e PT. Foram 40,63% dos votos num total de 3.581,645 milhões de eleitores, sendo 569.357 mil votos nulos e 149.821 mil votos em branco, um número recorde, segundo a matéria. Além disso, mais de 1,3 milhão não votaram.

Crivella teve quase 1,7 milhões de votos válidos. Na reportagem, o jornal mostra ainda que, em redutos de milícia, Crivella ampliou ainda mais a vantagem sobre seu adversário — notório opositor deste tipo de organização criminosa. Segundo interlocutores, o candidato derrotado Flávio Bolsonaro (PSC) pode virar secretário do governo Crivella. Resta agora a Freixo "sacudir a poeira e dar a volta por cima" e, aos adversários da direita carioca, cantar Buarque de Holanda: "Apesar de você, amanhã há de ser outro dia..."