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Temer tenta anular depoimentos da Odebrecht na Justiça Eleitoral

A defesa do presidente Michel Temer analisa a possibilidade de pedir a anulação dos depoimentos de delatores da Odebrecht à Justiça Eleitoral no processo que investiga irregularidades no financiamento da campanha eleitoral de 2014, que elegeu a chapa Dilma-Temer para a Presidência da República. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, os advogados do presidente argumentam que a convocação do herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros delatores pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator do processo, partiu de uma 'prova ilícita', caracterizando um ato ilegal. [Leia mais...]

Temer tenta anular depoimentos da Odebrecht na Justiça Eleitoral

Foto: Beto Barata/PR

Por: Matheus Simoni no dia 04 de março de 2017 às 10:53

A defesa do presidente Michel Temer analisa a possibilidade de pedir a anulação dos depoimentos de delatores da Odebrecht à Justiça Eleitoral no processo que investiga irregularidades no financiamento da campanha eleitoral de 2014, que elegeu a chapa Dilma-Temer para a Presidência da República. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, os advogados do presidente argumentam que a convocação do herdeiro da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros delatores pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, relator do processo, partiu de uma 'prova ilícita', caracterizando um ato ilegal.

Ainda de acordo com a defesa de Temer, o vazamento de uma delação premiada do ex-diretor da Odebrecht Claudio Melo Filho baseou o pedido dos depoimentos do ex-executivos da empreiteira pelo ministro. A delação, que estava sob segredo de Justiça, veio a público em dezembro de 2016.

Na última quarta-feira (1), Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, disse ao ministro do TSE que a doação total da empreiteira à campanha petista-peemedebista chegou a R$ 150 milhões, parte desse total via caixa dois. Cerca de R$ 50 milhões desse montante fazia parte de uma troca envolvendo a votação da Medida Provisória do Refis, que beneficiou a Braskem, empresa controlada pela Odebrecht.

Nos bastidores, aliados de Temer avaliam de que as informações dadas pelos delatores à Justiça Eleitoral estão descontextualizadas e, por isso, podem prejudicar o governo de Michel Temer, que estaria sujeito a perder o mandato.