
Política
Filha de Janot é advogada da OAS e Odebrecht; procurador diz que não se envolve em delações
Filha do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a advogada Leticia Ladeira Monteiro de Barros atua para a empreiteira OAS, empresa que tenta fechar um acordo de delação premiada no âmbito da Lava-Jato. Segundo publicação da revista Veja, em nota, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Janot não participa das negociações com a OAS, que ainda não celebrou o acordo. No ano passado, as tratativas chegaram a ser suspensas por decisão dele.[Leia mais...]

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Filha do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a advogada Leticia Ladeira Monteiro de Barros atua para a empreiteira OAS, empresa que tenta fechar um acordo de delação premiada no âmbito da Lava-Jato.
Segundo publicação da revista Veja, em nota, a Procuradoria Geral da República (PGR) afirma que Janot não participa das negociações com a OAS, que ainda não celebrou o acordo. No ano passado, as tratativas chegaram a ser suspensas por decisão dele. Ainda segundo a reportagem, ela também defende os interesses da Brasken, braço petroquímico do grupo Odebrecht
Nesta segunda-feira (9), Janot solicitou o impedimento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes em casos relativos ao empresário Eike Batista pelo fato de o escritório da mulher de Gilmar, Guiomar Mendes, atuar na defesa dele em outros processos. Na semana passada, Gilmar Mendes concedeu um habeas corpus para que Eike deixasse a prisão.
Um extrato do Diário Oficial de 12 maio de 2016 lista a advogada entre as que representam empresas do grupo OAS que atuam como concessionárias no setor de transporte em processo no Cade. Leticia atua junto com o advogado Olavo Chinaglia, irmão do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Desde o ano o passado, a OAS negocia um acordo de delação premiada nos moldes do que foi feito pela Odebrecht. As tratativas foram suspensas em agosto de 2016, depois da determinação de Janot, após reportagem da Veja apontar que o ministro do STF Dias Toffoli teria sido citado pelo empresário Leo Pinheiro, ex-presidente da OAS. As negociações, porém, foram retomadas e a expectativa é de que dezenas de executivos participem do acordo.
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