Política
Paulinho da Força afirma que ACM Neto 'vacilou' ao decidir apoiar Alckmin
Presidente nacional do Solidariedade afirmou que bloco deveria ter apoiado o presidenciável Ciro Gomes (PDT)
Foto: Divulgação
Presidente nacional do Solidaridade, Paulinho da Força afirmou que o presidente nacional do Democratas, o prefeito de Salvador, ACM Neto, "vacilou" na escolha de Geraldo Alckmin (PSDB) para o centrão (grupo formado por DEM, PP, PR, PRB e SD) apoiar nas eleições deste ano.
Para o sindicalista, o bloco deveria ter apoiado o presidenciável Ciro Gomes (PDT).
"Não tivemos a coragem de mudar o Brasil, de estar com o Ciro. Nós [Solidariedade] perdemos. O pessoal optou por apoiar o Alckmin. Mas me lembro até que o Marcos Pereira [presidente do PRB] chegou a dizer que apoiava o Alckmin, mas que tinha dúvida se ele iria para o segundo turno. Tudo conspirou naquela semana [em que o centrão decidiu quem apoiar] contra o Ciro. O Ciro fez aquelas declarações [em poucos dias, Ciro xingou uma promotora e chamou o presidente Michel Temer de quadrilheiro], o Rodrigo Maia [presidente da Câmara] teve que viajar, perdemos um voto no grupo, porque, sem o Rodrigo Maia, o ACM Neto vacilou na hora de decidir. Desde o início, a gente sabia que não era fácil. Então, o que deu errado é o partido. O PSDB é o partido a ser derrotado no Brasil", declarou, em entrevista ao jornal O Globo.
Paulinho da Força disse não acreditar em virada de Alckmin e atribiu a possível derrota ao desgaste do PSDB. O deputado afirmou que defende a união do centrão no segundo turno.
Para ele, no entanto, "a tendência é liberar os filiados". "A parte sindical do partido está com Ciro Gomes. Já tenho sido procurado por alguns companheiros. Meu problema não é com o PT. Meu problema é com a Dilma Rousseff [ex-presidente], porque eu não gosto dela e nem ela gosta de mim. Tenho boa relação com o Lula", ressaltou.
O sindicalista afirmou que o bloco deve eleger de 200 a 210 deputados.
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