Futura ministra da Agricultura admite negócio com JBS, mas nega conflito de interesses
A parlamentar tem participação de um quinto na propriedade arrendada ao grupo e admitiu ter recebido doações indiretas
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Por Matheus Simoni no dia 08 de Novembro de 2018 ⋅ 13:00
Cotada para assumir o Ministério da Agricultura no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) admitiu hoje (8) ter negócios com o grupo JBS. No entanto, ela negou a existência de conflito de interesses. "Eu tenho uma propriedade, um condomínio com meus irmãos, sou inventariante e minha família arrenda um confiamento para a JBS, que é do lado da nossa propriedade. Isso há muitos anos", disse, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
A parlamentar tem participação de um quinto na propriedade arrendada ao grupo. Entretanto, Cristina negou conflito de interesses, ressaltando que não há nenhum desconforto em assumir o ministério.
"Eu não tive doação da JBS direta para mim, foi via, se não me engano, dois parlamentares do meu Estado. Não tenho problema. Tenho tranquilidade, as doações são legais", afirmou. O nome de Tereza Cristina foi levado a Bolsonaro por indicação de deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida por ela.