
Política
E-mails mostram Jucá consultando Odebrecht antes de apresentar MP ao Senado
Um dos e-mails apresentados pelos delatores revela a assessora do gabinete de Romero Jucá, em 2014, enviando à Odebrecht rascunhos de um texto legislativo que estava em discussão

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) acrescentasse à ação que leva o senador Romero Jucá (MDB-RR) ao banco dos réus novos e-mails apresentados por delatores da Odebrecht. Segundo a jornalista Andreia Sadi, da TV Globo, as mensagens revelam que o emedebista teria consultado a construtora antes de apresentar uma proposta ao Senado Federal.
Um dos e-mails apresentados pelos delatores revela a assessora do gabinete de Romero Jucá , em 2014, enviando à Odebrecht rascunhos de um texto legislativo que estava em discussão, antes mesmo dele ser apresentado aos demais senadores.
A acusação envolve Mariângela Fialek , que foi funcionária do gabinete do presidente nacional do MDB na época, mas que, desde maio de 2016, trabalha como subchefe de assuntos parlamentares da Secretaria de Governo da Presidência da República. O email em questão teria sido enviado pessoalmente por ela.
A mensagem teria sido enviada à construtora no segundo semestre de 2014, quando o Congresso Nacional discutia a medida provisória 651, que interessava à empreiteira, pois trata de incentivos fiscais. A partir desta troca de e-mails, então, é possível investigar se Jucá teria sido o articulador no Congresso Nacional de mudanças na legislação, a fim de beneficiar a empresa.
A PGR afirma que a atuação do senador teria sido paga por uma doação de R$ 150 mil. O valor foi dado pela Odebrecht em apoio à campanha eleitoral do filho do parlamentar de Roraima, também em 2014.
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