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Vereador aponta irregularidades no reajuste da tarifa de ônibus de Salvador

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Vereador aponta irregularidades no reajuste da tarifa de ônibus de Salvador

Em entrevista ao Jornal da Cidade Segunda Edição, José Trindade (Podemos) disse que as isenções concedidas pela prefeitura às empresas são irregulares e que deveriam, antes, passar pela Câmara

Vereador aponta irregularidades no reajuste da tarifa de ônibus de Salvador

Foto: Matheus Simoni / Metropress

Por: Daniel Brito no dia 04 de abril de 2019 às 17:47

O vereador José Trindade (Podemos) criticou novamente hoje (4), em entrevista ao Jornal da Cidade Segunda Edição, da Rádio Metrópole, o reajuste da tarifa de ônibus para R$ 4 na capital baiana, em vigor desde a última terça-feira (2). De acordo com ele, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o município, as concessionárias do sistema e o Ministério Público ainda não foi apresentado à Câmara.

Na avaliação do vereador, as isenções do ISS, da taxa cobrada pela Agência Reguladora do município (Arsal) e do pagamento da outorga, concedidas pela prefeitura às concessionárias, são irregulares.

“O prefeito não tem essa competência e o Ministério Público não pode ser anuente com essa situação. Ele não pode fazer isso sem a anuência da Câmara Municipal. Tanto é que o prefeito anunciou que estava mandando o projeto para lá. Como é que você anuncia a isenção do ISS, com a tarifa já em vigor, que vai mandar depois? E se a Câmara não aprovar? Quem vai arcar com essa diferença?”, questionou.

Trindade apontou também que a nova fórmula desconsidera a obrigação quadrienal de se realizar o equilíbrio econômico do sistema, firmada em contrato. “Quando o contrato de concessão foi assinado com os três consórcios, se estabeleceu que o equilíbrio econômico seria feito de quatro em quatro anos. No entanto, isso foi feito em apenas dois e, agora, a prefeitura está fazendo uma nova conta que não consta no contrato”, acrescentou.

Ainda de acordo com o vereador, o reajuste poderia ser menor e feito de maneira mais simples, observando outros critérios. “Deveria ser feito um simples cálculo que levaria em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) IPCA, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e a variação do diesel, o que daria em torno de R$ 3,80. O contrato é que deveria ser aplicado, nesse caso”, ponderou.