Política
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Grupo militar muda decreto de alfabetização do MEC
Entre as modificações, está a retirada da orientação sobre priorizar o método fônico
Foto: Agência Brasil
Um grupo comandado pelo brigadeiro Ricardo Machado Vieira, secretário executivo da Ministério da Educação (MEC), finalizou ontem (9) o decreto sobre a nova política de alfabetização, colocada como prioritária para os cem dias do governo de Jair Bolsonaro.
De acordo com o Estadão, todos os pontos criticados por especialistas foram modificados, a exemplo da orientação para que escolas adotem o método fônico de alfabetização, como defendia o grupo ligado ao escritor Olavo de Carvalho dentro da pasta.
O texto foi modificado no último dia da gestão de Ricardo Vélez Rodríguez, antes da posse do novo ministro, Abraham Weintraub, admirador de Olavo.
Em lugar do método fônico, a política fala em uso de "metodologias variadas". Além disso, a nova versão do decreto afirma que o processo de aprendizagem da leitura e escrita se dá nos dois primeiros anos do ensino fundamental - o que é o considerado adequado nos países com melhores sistemas educacionais. A minuta anterior falava em "priorização no 1º ano".
Também foi retirada a parte que indicava que crianças da educação infantil deveriam iniciar o processo de alfabetização, outro ponto que sofreu críticas. Agora, a introdução às letras é orientada a partir da pré-escola (4 e 5 anos).
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