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Candidato à presidência do PT-BA ataca fala de Rui sobre universidades 

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Candidato à presidência do PT-BA ataca fala de Rui sobre universidades 

O ponto de vista, endossado pelo pré-candidato à presidência do PT-Bahia, vai de encontro com tudo que o governador defendeu ontem (20), em almoço com a imprensa

Candidato à presidência do PT-BA ataca fala de Rui sobre universidades 

Foto: Éden e Wagner | Foto: Reprodução / Blog Éden Valadares

Por: Alexandre Galvão no dia 21 de maio de 2019 às 10:44

Assessor do senador Jaques Wagner e nome apoiado pelo ex-governador para presidir o partido na Bahia, Éden Valadares publicou um texto assinado por dois professores que criticam a tese defendida pelo governador Rui Costa sobre a possibilidade de famílias mais abastadas pagarem pela educação de seus filhos em universidades públicas. 

O texto, assinado por Regina Dalcastagnè e Luis Felipe Miguel, argumenta que o "discurso de cobrança da mensalidade nada mais é que uma camuflagem do projeto de privatização das universidades". Além disso, os dois apontam que "o objetivo da universidade pública não é fornecer diplomas, construir carreiras ou garantir posições sociais vantajosas, mas formar profissionais necessários". 

O ponto de vista, endossado pelo pré-candidato à presidência do PT-Bahia, vai de encontro com tudo que o governador defendeu ontem (20), em almoço com a imprensa. 

Já ciente das críticas que receberia do próprio partido, Rui disse que a discussão ensejava discursos contra privatização da educação. "Quem é contra [cobrança de mensalidade] não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso de que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim”, afirmou.

Além de defender a discussão de novas formas de financiamento, Rui Costa também afirmou que é preciso adotar mecanismos que permitam uma maior influência de representantes da sociedade nas decisões das universidades.

Defendeu que os conselhos das universidades tenham uma maior participação de membros da sociedade para evitar o corporativismo. “O Brasil infelizmente tem uma tradição de corporações que se dão benefícios. Não necessariamente o que é bom para a universidade é bom para a sociedade”, afirmou.

Após a publicação da matéria, Éden entrou em contato com a publicação e afirmou que "não atacou nem Rui nem a posição dele". "Perceba que eu concordo com o governador que é necessário discutir a questão do financiamento. Mas, claro, por ter militado no movimento estudantil, ter sido da UNE, e ter crescido na resistência a reforma neoliberal do ensino superior, discordo sobre a cobrança de mensalidades. Isso não é um ataque a Rui. Aliás, tenho certeza de que a fala dele gerou interpretações erradas. Isso é ser coerente com a história de luta do PT, de Wagner, minha e do próprio governador", adicionou.