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Aras critica ‘corporativismo’ do MP e pede questão ambiental sem ‘modismo’

Política

Aras critica ‘corporativismo’ do MP e pede questão ambiental sem ‘modismo’

Baiano, Augusto Aras afastou ainda qualquer possibilidade de interferência do presidente Jair Bolsonaro na sua atuação

Aras critica ‘corporativismo’ do MP e pede questão ambiental sem ‘modismo’

Foto: José Cruz/Agencia Brasil

Por: Alexandre Galvão no dia 30 de setembro de 2019 às 09:09

Novo procurador-geral da República, Augusto Aras afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole, que sua indicação quebra com o corporativismo que estava instalado no Ministério Público. Ele foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro fora da eleição paralela dos procuradores da lista tríplice. 

“Somos procuradores e o corporativismo nesses 16 anos [de lista tríplica] contraria isso. Essa violação existe na quebra da isonomia. A voracidade do corporativismo de alguns é imensa. Temos mais de mil procuradores e isso não permite que todos participamos de eventos importante, gozando de diárias, tenha a vida plena funcional que deve ser guiada pelo mérito funcional. O corporativismo afasta o mérito para prestigiar fisiologismo, promover clientelismo, caindo na armadilha do toma-lá-dá-cá. Era preciso ter essa disruptura do MP”, avaliou, em entrevista a Mário Kertész.

Para Aras, o MP não pode estar submetido ao mesmo sistema do Legislativo. “Lá tem uma renovação de dois em dois anos. Com isso, uma oxigenação. No Ministério Público isso não acontece”, ressaltou. 

Baiano, Augusto Aras afastou ainda qualquer possibilidade de interferência do presidente Jair Bolsonaro na sua atuação. “Não há como o presidente ou governador interferir na ação do PGR desde que esse agente político mantenha respeito à Constituição e ao país. Seja com Bolsonaro ou com senadores, não mantive nenhuma conversa que não fosse republicana. O presidente é extremamente cuidado com a coisa pública, preocupado com a moralidade e nunca tratou de assunto da sua família ou qualquer pessoa. […] Não está no meu caderno trair ou desertar. O que posso oferecer é respeito à Constituição muito profundo”, apontou. 

A questão ambiental, segundo o novo chefe do MP, tem de ser observada “sem modismo”. “É dever do MP defender o meio ambiente e precisamos fazer de forma científica. Precisamos afastar modismos. Temos que buscar na ciência resposta e não só negar o desenvolvimento sustentável, que é um ideal a ser seguido”. 

Ouça, abaixo, a entrevista completa: