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Com Chile em crise, governo brasileiro recua de sistema de capitalização da Previdência

Política

Com Chile em crise, governo brasileiro recua de sistema de capitalização da Previdência

Discussão já encontrava resistência no Congresso e não era vista com bons olhos pelos parlamentares

Com Chile em crise, governo brasileiro recua de sistema de capitalização da Previdência

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por: Matheus Simoni no dia 25 de outubro de 2019 às 08:02

A crise no Chile fez com que a equipe econômica do governo brasileiro recuasse, de forma momentânea, da ideia de propor uma lei para o país adotar o sistema de capitalização da Previdência. A medida, idealizada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, aguarda a conclusão da tramitação da reforma da Previdência no Congresso para avaliar a possibilidade de persistir no debate sobre a criação do regime em que cada trabalhador contribui para a própria aposentadoria. As informações são da coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo.

A discussão já encontrava resistência no Congresso e não era vista com bons olhos pelos parlamentares. Com os distúrbios no Chile, país que inspira a ideia, a situação piorou. Nos últimos dias, 18 pessoas morreram em protestos contra o sistema político do país. Os protestos no Chile começaram na última sexta-feira (18) depois do aumento do preço das passagens do metrô de Santiago – medida já suspensa pelo governo.

Desde então, a população incluiu outras demandas sociais nas manifestações. Por quatro noites consecutivas, as Forças Armadas decretaram toque de recolher. Na avaliação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está na Inglaterra, ao ser questionado se o Brasil também poderia passar por uma situação semelhante à chilena, não há risco.

"Eu expliquei que a reforma da Previdência, no Chile, foi feita na ditadura e as consequências estão aí. No Brasil, tudo foi feito em um ambiente democrático", declarou. Segundo o democrata, a capitalização da ditadura chilena "foi feita sem proteção ao cidadão. O aposentado recebe 30% do que ganhava quando trabalhava. Nos países desenvolvidos, o valor chega a 60%".