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Se plataforma digital não contribuir, não pode ficar no Brasil, diz presidente da CPI das fake news

Política

Se plataforma digital não contribuir, não pode ficar no Brasil, diz presidente da CPI das fake news

Angelo Coronel ainda defendeu que seu trabalho à frente do colegiado será imparcial

Se plataforma digital não contribuir, não pode ficar no Brasil, diz presidente da CPI das fake news

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 25 de outubro de 2019 às 13:20

O presidente da CPMI das Fake News no Congresso, o senador Angelo Coronel (PSD-BA) declarou, em entrevista à Folha publicada hoje (25), que a comissão quer chegar aos "autores, investidores e patrocinadores de bunkers espalhados pelo país afora para depreciar pessoas". Ele afirma que, inclusive, pode ser usada quebra de sigilo telefônico e bancário para chegar ao objetivo. 

"Tudo o que for necessário para se chegar aos autores, vamos chamar assim, a esses investidores, a esses patrocinadores desses bunkers espalhados pelo país afora para depreciar pessoas. Nós vamos fazer todo o possível para chegar lá", prometeu. 

Para o senador, as empresas de internet precisam colaborar para a identificação dos criminosos responsáveis pela circulação de notícias falsas. 

"Se as plataformas não contribuem para que a gente puna esses criminosos que se travestem atrás de um perfil falso para depreciar pessoas, então essa plataforma não pode ficar no Brasil", disse.

Ele ainda defendeu que seu trabalho à frente do colegiado será imparcial.

"Eu não quero saber de matiz partidária, eu não quero saber se a pessoa é filho de presidente, se é irmã de presidente, se é inimigo de presidente. Nós temos que simplesmente combater os criminosos das redes sociais", afirmou. 

A comissão pretende "investigar os ataques cibernéticos que atentam contra a democracia e o debate público; a utilização de perfis falsos para influenciar os resultados das eleições 2018; a prática de cyberbulling sobre os usuários mais vulneráveis da rede de computadores, bem como sobre agentes públicos; e o aliciamento e orientação de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio".