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Constituição deixou Brasil 'um tanto quanto ingovernável', diz governador de Minas

Política

Constituição deixou Brasil 'um tanto quanto ingovernável', diz governador de Minas

Primeiro governador eleito pelo partido Novo, ele deu a declaração ao ser questionado de que maneira ele se identifica politicamente

Constituição deixou Brasil 'um tanto quanto ingovernável', diz governador de Minas

Foto: Gil Leonardi/ Imprensa MG

Por: Juliana Almirante no dia 11 de novembro de 2019 às 10:20

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, disse hoje (11), em entrevista à Folha, que a Constituição Federal “conspira contra a classe política” e transformou o Brasil em um país “um tanto quanto ingovernável”. 

Primeiro governador eleito pelo partido Novo, ele deu a declaração ao ser questionado de que maneira ele se identifica politicamente. 

“Sou um liberal e respeito todos. Respeito a esquerda, apesar de não concordar. Aqui no Brasil, a legislação, a própria Constituição, conspira contra a classe política. Ela transformou o Brasil num país um tanto quanto ingovernável, com tantas exigências, com tantas exceções, que fica difícil você ser um bom gestor”, opinou o gestor, que foi eleito ao aliar seu nome ao de Jair Bolsonaro. 

Zema ainda justificou outra declaração recente em que defendeu que o sistema político brasileiro pós-ditadura seria uma “democracia irresponsável”. 

“É uma democracia que assegura excesso de direitos e pouquíssimos deveres. [O Estado] deixou claro que seria o grande paizão, e ele não pode ser o grande paizão”, declarou. 

Ele ainda afirmou que “depende da interpretação” avaliar o ano de 1964 como golpe ou revolução.  “As duas coisas, no meu entender, aconteceram em 1964. Não concordo com o que foi feito, mas tivemos resultados positivos, inegavelmente, e resultados ruins”, justificou.

Zema elencou como pontos positivos do regime militar a estruturação de instituições como o Banco Central e a Eletrobras, que deve ser privatizada no governo Bolsonaro. 

“(O regime militar) estruturou uma série de instituições, equipou-as melhor, como o BNDES etc., que foram importantes para aquele milagre econômico do Brasil. Na pauta econômica ele foi bem, na pauta de direitos humanos deixou muito a desejar”, disse.