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'Um voto na descida aos infernos', diz Muniz Sodré sobre eleição de Bolsonaro

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'Um voto na descida aos infernos', diz Muniz Sodré sobre eleição de Bolsonaro

Sociólogo explica que está ocorrendo uma espécie de "loucura coletiva", com retorno de ideias ultrapassadas, violência e desejo do mal

'Um voto na descida aos infernos', diz Muniz Sodré sobre eleição de Bolsonaro

Foto: Tácio Moreira/Metropress

Por: Juliana Almirante no dia 04 de dezembro de 2019 às 08:58

O sociólogo e jornalista Muniz Sodré classificou o governo do presidente Jair Bolsonaro como uma" descida Aos infernos", que foi viabilizada pela eleição do ano passado, com o voto da população brasileira.   

"Essa descida aos infernos participamos dela, indiretamente, quando votamos. Foi um voto no mal nas últimas eleições. Um voto na descida aos infernos e estamos vendo resultado disso", declarou, em entrevista à Rádio Metrópole hoje (4).

Ele explica que está ocorrendo uma espécie de "loucura coletiva", com retorno de ideias ultrapassadas, violência e desejo do mal. 

"O louco não é aquele que não tem razão, é aquele que quer ter razão demais. Só que essa outra razão, que é excessiva, é a loucura. A razão é sempre um consenso entre as pessoas. quando a razão é absolutista, é desequilibradora, é potência destrutiva. (...) Essa loucura como sistematização social com a destruição de instituições, essa loucura é perigosa. É o que estou chamando de descida aos infernos", justifica. 

Para Sodré, o governo Bolsonaro é marcado pelo ataque às instituições, diferentemente do regime militar, que perseguia pessoas consideradas subversivas. 

"Cada pessoa colocada em cada órgão de controle e cultura desse tem cavado um abismo nos próprios pés. Cada pessoa ataca aquilo que é nomeado com a missão de defender. O ministro da Educação. Não ataca os professores diretamente, ele ataca a própria educação. o encarregado da Cultura ataca a cultura. É diferente do regime militar, que cassava determinados professores que achavam que eram comunistas e subversivos. Eram determinados individuos. Agora não, é a prórpria instituição que é atacada", avalia.