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Toffoli afirma que Lava Jato ‘destruiu empresas’ e elogia operação contra TJ-BA

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Toffoli afirma que Lava Jato ‘destruiu empresas’ e elogia operação contra TJ-BA

Na avaliação do magistrado, um outro tipo de condução da força-tarefa teria preservado as empresas

Toffoli afirma que Lava Jato ‘destruiu empresas’ e elogia operação contra TJ-BA

Foto: Nelson Jr/SCO/STF

Por: Matheus Simoni no dia 16 de dezembro de 2019 às 07:33

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro José Antônio Dias Toffoli, afirmou que o Ministério Público deveria ser mais "transparente" e que a Operação Lava Jato, que desbaratou esquemas de corrupção pelo país, destruiu empresas. Na avaliação do magistrado, um outro tipo de condução da força-tarefa teria preservado as empresas.

"A Lava Jato foi muito importante, desvendou casos de corrupção, colocou pessoas na cadeia, colocou o Brasil numa outra dimensão do ponto de vista do combate à corrupção, não há dúvida. Mas destruiu empresas. Isso jamais aconteceria nos Estados Unidos. Jamais aconteceu na Alemanha", disse o ministro, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo.

"Nos Estados Unidos tem empresário com prisão perpétua, porque lá é possível, mas a empresa dele sobreviveu. A nossa legislação funcionou bem para a colaboração premiada da pessoa física. Mas a da pessoa jurídica não ficou clara", acrescentou.

Toffoli também comentou a operação contra membros do Poder Judiciário na Bahia. Os desdobramentos da Operação Faroeste, que mirou a venda de sentença por juristas baianos, contou com a prisão de juízes e desembargadores. Na avaliação de Toffoli, esse foi um exemplo de como o Judiciário trabalha com transparência.

"O Poder Judiciário é o poder mais transparente que tem. Quanto à responsabilidade, quantos a gente já não pôs para fora no Conselho Nacional de Justiça. Veja agora a prisão dos desembargadores [do Tribunal de Justiça da Bahia]. Porque o trabalho na Bahia é feito pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça.  Veja se o Conselho Nacional do Ministério Público fazia isso, até pouco tempo. O Judiciário trabalha com muita transparência. O Ministério Público deveria ser uma instituição mais transparente", declarou o presidente do STF.